domingo, 11 de dezembro de 2011

Cidades dos Imigrantes

Alfredo Chaves – Espírito Santo - Brasil - Maiores Informações clique aqui.

Vale de Santa Maria - Alfredo Chaves

   

A colonização da região que inclui hoje o município de Alfredo Chaves foi iniciada depois que Dom Pedro II doou 500 alqueires de terra ao guarda de honra da corte brasileira, o português Augusto José Álvares e Silva. O território também era habitado por índios e o primeiro núcleo foi chamado de Quatinga. Logo depois, o primeiro povoado passou a se chamar Povoação de Nossa Senhora da Assumpção. Mas com a construção da igreja pelos jesuítas baseados em Benevente, atual Anchieta, o nome do povoado mudou para Povoação de Nossa Senhora da Conceição.
O desenvolvimento da região, entretanto, só ocorreu após a chegada dos imigrantes italianos. O primeiro grupo desembarcou em Benevente a partir de 1877. De barco eles seguiram de canoa até Jabaquara, próximo à fazenda pioneira da sesmaria Quatinga. A fazenda pertencia ao coronel José Togneri, que se casara com uma das filhas do primeiro colonizador.

O município ganhou o nome de Alfredo Chaves em 1891, quando o povoado foi desmembrado de Anchieta e ganhou caráter de vila. O nome foi uma homenagem ao engenheiro Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves, um dos ministros da Colonização do Império, que esteve na região acompanhado de 21 soldados, em 1878, e afugentou para as matas os índios que atacavam as primeiras propriedades.

No distrito de Matilde, onde se localiza uma das mais famosas cachoeiras do Estado, a colonização foi iniciada pelos italianos em 1884. O distrito recebeu este nome porque o engenheiro inglês Carlos Bloomer Reeve, responsável pela construção da ferrovia no Sul do Estado resolveu prestar uma homenagem à esposa, com o apoio dos moradores.

Alfredo Chaves foi emancipado em 21 de maio de 1924, quando a região já era ligada a Vitória pela Estrada de Ferro Leopoldina.

O município de Alfredo Chaves, com uma área de 613 Km², limita-se ao norte com os municípios de Marechal Floriano e Domingos Martins; ao sul, com Iconha e Rio Novo do Sul; à leste, com Anchieta e Guarapari e à oeste, com Vargem Alta.

É composto pelos distritos: Crubixá, Ibitirui, Matilde, Ribeirão do Cristo, Sagrada Família e Ucrânia. Estes distritos são interligados à sede por estradas municipais e estaduais, sem pavimentação.

A sede dista 81 Km de Vitória. O percurso até a BR 101 e através da Rodovia Estadual denominada “Lauro Ferreira Pinto” (ES 146). Pode-se chegar também a Alfredo Chaves pela BR 262.

A sede do município, geograficamente está localizada a uma latitude de 20°, 38`40” e a uma longitude de 40°, 41` 50” a oeste do Meridiano de Greenwich, a uma altitude de 17 metros acima do nível do mar e está às margens do Rio Beneventes. Devido às condições de relevo, existe uma grande variação de altitude, atingindo um máximo de 1600m.

Castelo - Espírito Santo - Brasil

Festa de Corpus Christi - Castelo

   
A região onde se localiza o município de Castelo foi desbravada, principalmente, por causa do ouro. A ocupação começou em 1705, quando Pedro Bueno Cacunda saiu de Taubaté e foi para Ouro Preto, em Minas Gerais, sendo informado de que havia ouro nas terras perto da costa. Ele chegou ao Rio Manhuaçu e começou a corrida do ouro na Serra do Castelo, que recebeu este nome devido aos paredões de pedra, semelhantes às muralhas, e aos altos picos, que pareciam torres de vigia de uma fortaleza medieval. A notícia do ouro se espalhou e outros aventureiros invadiram a região. Eles não saíram nem mesmo com os constantes ataques dos índios puris.
O vice-rei, dom Lourenço de Albuquerque de Almada, acabou proibindo as explorações, pois temiam que o garimpo do ouro próximo à costa despertasse a atenção dos invasores holandeses e espanhóis. Entretanto, a proibição foi ignorada e foram ampliadas até a serra do Guandu, hoje município de Afonso Cláudio.

Os jesuítas que habitavam a aldeia de Rerigtiba, atual Anchieta, ficaram atraídos pelo ouro e passaram a dar assistência aos arraiais que se formaram: Santana, Duas Barras e Ribeirão do Meio. Com a ação dos jesuítas e o apoio dos mineradores foi construída a capela de Nossa Senhora da Conceição das Minas de Castelo. Com a expulsão dos jesuítas do país, em 1759, os conflitos entre os índios e mineradores se agravaram. Os mineradores derrubaram uma ponte sobre o Rio Caxixe para não serem atacados, mas os índios consideraram a derrubada da ponte um ato agressivo e declararam guerra aos mineiros. Os mineiros foram obrigados a abandonar o trabalho e se refugiar. Alguns fugiram para a foz do rio Itapemirim, onde fundaram uma povoação com este nome. Em 1830, a maioria das minas de Castelo estavam praticamente abandonadas.

Como na maioria dos municípios brasileiros, os italianos chegaram depois da abolição da escravatura, para trabalhar nas propriedades rurais. Atualmente, cerca de 90% dos 30 mil habitantes de Castelo são descendentes de imigrantes italianos.
Os 142 quilômetros que separam Castelo da capital capixaba podem ser percorridos pela BR-262, entrando à esquerda no km 104 (sentido Vitória/Belo Horizonte) na cidade de Venda Nova do Imigrante. Depois percorrem-se cerca de 66 quilômetros pela ES-166.

Você também pode seguir pela BR-101 Sul até Safra. Depois são mais 44 quilômetros até Castelo, pela ES-
A Festa de Corpus Christi é visitada por milhares de pessoas. Todos querem ver os belíssimos tapetes feitos com sementes de pau-brasil, brita, areia, pó de pedra tingido, palitos de picolé e flores, sobre os quais passa a procissão do dia de Corpus Christi.

No começo dos anos 60, por iniciativa da freira agostiniana Vicência foi confeccionado o primeiro tapete, junto a um pequeno altar, em frente à capela da Santa Casa. O primeiro tapete no centro da cidade foi feito em 1964.

No ano seguinte algumas ruas foram decoradas. Desde então a festa cresceu e atrai um número maior de visitantes a cada ano. Faz parte do calendário de eventos turísticos do Estado. Os preparativos começam três meses antes.

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