domingo, 11 de dezembro de 2011

Vania Orlandi em Azzago - 16/11/2005

Querido primo,
Indescritível.... Indescritível !

Assim foi a sensação que tivemos durante os quatro dias que passamos em Verona a procura das origens de nossa família. Gostaria que todos os interessados pudessem ter sentido o mesmo, pelo menos vou tentar repassar um pouquinho de nosso trajeto...

Iniciamos nossa pesquisa na Igreja matriz de Grezzana, onde fomos recebidos pelo Pároco, que prontamente nos permitiu verificar os arquivos de lá. Na busca, encontramos alguns Orlandi, mas nem sinal de Andrea e seus filhos...


Como o Pároco estava muito atarefado, designou-nos don Giuliano Tosi, que nos explicou que teríamos mais chances de encontrarmos os Orlandi procurados, em duas outras igrejas da mesma paróquia: Romagnano e Azzago. As mesmas ficam distantes de Grezzana, fechadas e sem frequente transporte publico.

Don Giuliano ofereceu-se para levar-nos a Romagnano pela manha e Azzago pela tarde.
Na primeira igreja, as buscas foram infrutíferas e voltamos para o almoço em Grezzana meio desanimados, apreensivos de que a localização não seria tão fácil.

No almoço chegamos a discutir a possibilidade de iniciarmos as buscas em outras paróquias. À tarde retornamos a casa paroquial, e o padre então nos levou a Azzago. No caminho ficamos encantados com a vista; não é a toa que o endereço da igreja é Belvedere no 8. O padre tinha outros afazeres e nos deixou pesquisando em aproximados vinte livros de registros de nascimentos, casamentos, óbitos e anagrafos.

Depois de quase duas horas de procura o Dílson, meu esposo, me olhou e perguntou:
- Vania, Andrea era pai do Giovanni e do Agostino ?
- Era ! Por quê ? (perguntei empolgada).
- Então não deve ser esse, porque apesar de ser Orlandi, esse é pai do Giovanni, Agostino, Giacomo, Catterina, Maria e Tereza.

Foi quando vimos na anotação do Anagrafo, que lá estavam os filhos do primeiro casamento com a Annunziata  assim como os outros do casamento com a Lucia.
Nesse momento eu não me aguentei de emoção e comecei a chorar....
Vania Orlandi encontrou os Anagrafos da Família Orlandi
A alegria foi enorme, não tem como explicar... Acabamos descobrindo um irmão do Andrea, e seus pais. Foi então que o padre voltou. Contamos a ele nossa descoberta e ele disse brincando:
- Pronto! Adesso ho trovato lavoro per me! (Quis dizer: acharam trabalho para mim, vou ter que fazer os Documentos!!!).

Já estava anoitecendo e não conseguimos tirar fotos do local quando saímos, o padre então, se prontificou a levar os documentos para reconhecer sua firma na Cúria em Verona no dia seguinte pela manha. Ele nos contou que se nós fossemos fazer o reconhecimento demoraria muito mais tempo.

No dia seguinte, estávamos lá esperando pelo documento, o padre fez então o reconhecimento e nos convidou para um passeio, pois tem um irmão que vivera 6 anos no Brasil e agora é reitor de um Seminário em Verona; fomos então conhecê-lo. Don Tiziano Tosi nos recebeu e conversamos em bom português. Ele nos contou toda historia e os verdadeiros motivos da imigração para o Brasil naquela época.

Depois de um bom almoço, como se não bastasse, don Giuliano ofereceu-se para levar-nos novamente a Azzago e autorizou-nos a fotografar os arquivos. Desta maneira foi também possível fotografar um pouco da região, a rua onde nasceram e viveram Andrea e seus filhos, o cemitério onde está enterrado, e outros locais históricos de Azzago. Infelizmente não encontramos nenhum descendente por lá, mas já sabemos que o Giacomo teve filhos em Azzago, e poderemos procura-los no futuro.

Antes de deixar-nos na estação rodoviária o padre presenteou-nos com um livro, escrito por um morador de Grezzana, que contem contos única e exclusivamente da localidade de Azzago.

Sinto-me realmente privilegiada de ter passado pela experiência de retornar as nossas raízes, e gostaria de deixar um agradecimento especial ao Dílson que mesmo não falando muito Italiano esforçou-se por nos conduzir nessa busca, ao Pároco e a don Giuliano que com tanta boa vontade nos auxiliou.

Vania Orlandi
(Bisneta de Agostino Orlandi)



Árvore Genealógica - Itália

1) Giacomo Orlandi
Nascido: Azzago, Grezzana.
Casamento: Catterina Prati em Azzago, Grezzana.
Falecido: Azzago, Grezzana.


Giacomo casado com Catterina Prati em Azzago, Grezzana.


1) Filhos de Giacomo Orlandi:

1.1) Andrea Orlandi
Nascido: 21 Julho 1832, Azzago, Grezzana.
Casamento (1): Annunziata Bertagnolli em Azzago, Grezzana.
Casamento (2): Lucia Signorini em Azzago, Grezzana.
Falecido: 9 Fevereiro 1911, Verona com idade de 78 anos.


Eventos Importantes:
• Imigração: Brasil - Dezembro de 1888. Andrea Orlandi imigrou com a segunda esposa Lucia Signorini e filhos Giovanni e Agostino Orlandi para o Brasil em Dezembro de 1888. Eles foram para o Espírito Santo, cidade de Alfredo Chaves.
• Andrea casado com Annunziata Bertagnolli em Azzago, Grezzana.
• Andrea casado com Lucia Signorini, filha de Giacinto Signorini e Maddalena Zantedeschi, em Azzago, Grezzana. (Lucia Signorini nasceu em 3 Junho 1839 em Azzago, Grezzana e faleceu em 7 Junho 1915 em Azzago, Grezzana.)


1.2) Bernardo Orlandi
Nascido: 8 Abril 1839, Azzago, Grezzana.
Casamento: Luigia Grizi.

• Bernardo casado com Luigia Grizi, filha de Domenico Grizi e Angela Peti. (Luigia Grizi nasceu em 6 Maio 1838 em Azzago, Grezzana.)


1.1) Filhos de Andrea Orlandi:

Casamento (1):

1.1.1) Catterina Orlandi
Nascida: 28 Fevereiro 1857, Azzago, Grezzana.

1.1.2) Giacomo Orlandi
Nascido: 11 Agosto 1861, Azzago, Grezzana
Casamento: Maria Acioli
Filho: Guglielmo Luigi Orlandi, nascido: 26 Março 1894, Azzago, Grezzana

Giacomo casado com Maria Acioli, filha de Francesco Acioli e Virginia Barbieri. (Maria Acioli nasceu em 21 Setembro 1854 em Azzago, Grezzana.)

Casamento (2):

1.1.3)  Tereza Orlandi
Nascida: 9 Outubro 1865, Azzago, Grezzana.

1.1.4) Giovanni Orlandi
Nascido: 22 Maio 1871, Azzago, Grezzana.
Falecido: 15 Dezembro 1959, São Sebastião, Alfredo Chaves, ES com idade de 88 anos.


1.1.5) Maria Orlandi
Nascida: 3 Outubro 1873, Azzago, Grezzana.
Falecida: 12 Fevereiro 1876, Azzago, Grezzana com idade de 2 anos.


1.1.6)  Agostino Orlandi
Nascido: 24 Março 1876, Azzago, Grezzana.
Falecido: 29 Junho 1923, Pedregulho, Castelo, ES com idade de 47 anos.


Imigrantes que ficaram no Espírito Santo:
Árvore Genealógica de Giovanni Orlandi na Itália
Árvore Genealógica de Agostino Orlandi na Itália





Azzago - Comune di Grezzana - Verona


Fotos gentilmente cedidas por Vania Orlandi, obtidas durante a viagem a Azzago em 16/11/2005.



Azzago, comune de Grezzana - VR
Localidade pequena com cerca de 600 habitantes, Azzago está localizada a 622 m acima do nível do mar.

Está situada no comune de Grezzana e na província de Verona.
Na parte superior desta foto, está localizada a Igreja San Pietro in Vincoli.



Igreja San Pietro in Vincoli, Azzago
Igreja San Pietro in Vincoli, local onde os Orlandi casaram e foram batizados.
No detalhe, Vania Orlandi, bisneta de Agostino Orlandi.



Igreja Santa Viola, Azzago Grezzana - VR
Igreja Santa Viola, local onde os moradores faziam procissões para pedir a Deus para chover, durante os períodos de estiagem.
No detalhe, Vania Orlandi, bisneta de Agostino Orlandi.



Cemitério de Azzago
Cemitério de Azzago
À medida que não havia mais espaço no cemitério, os restos mortais das pessoas eram removidos e guardados na capela ao fundo da imagem. Nesta capela, encontram-se os restos mortais de vários membros da família Orlandi.



Pedralaqua
Pedralaqua, local onde se obtinha água para os moradores de Azzago.



La Colombara
La Colombara, ponto turístico de Azzago. Edifício de estrutura forte usado para defesa de Azzago, século XVI.
Detalhe: Vania Orlandi.



Via Praro, Azzago
Via Praro, rua onde os Orlandi moravam em Azzago.



Vista de Azzago da Igreja de San Pietro in Vincoli
Vista da Igreja de San Pietro in Vincoli.


Brasões da Família Orlandi

Orlandi: sobrenome de origem italiana. Sobrenome classificado como patronímico, pois a origem remota ao nome próprio do patriarca. Inicialmente, os primeiros a utilizar este sobrenome eram conhecidos como "Fulano Filius Quondam Orlandi" ou seja "Fulano Filho do Senhor Orlandi", já a segunda geração, ou seja, os netos do senhor Orlandi utilizavam o nome do avô como sobrenome.

Brasões: a origem dos brasões está intimamente ligada ao uso das armas dos Cavaleiros Medievais. As fotos abaixo mostram os dois brasões da família Orlandi.


José (Beppe) Orlandi

José (Beppe) Orlandi - Década de 1940.
São Sebastião - Alfredo Chaves - ES - Brasil.

Foto de José (Beppe) Orlandi, filho de Giovanni e Carolina.
(Cortesia da família de Hamilton Orlandi).

Bodas de Ouro - Giovanni e Carolina

Bodas de Ouro de Giovanni Orlandi e Carolina Milanese - 1945.

São Sebastião - Alfredo Chaves - ES - Brasil.

Bodas de Ouro de Giovanni Orlandi e Carolina Milanese.
(Cortesia de Maria Luísa Rosalem Nalesso)

A Imigração

Tudo começou com a decisão do Senhor Andrea Orlandi de vir para o Brasil em 1888. Naquela época a Itália estava passando por uma crise e a população se encontrava pobre e necessitada. Andrea Orlandi e sua segunda esposa Lucia Signorini viviam na Via Praro, em Azzago, comune de Grezzana, província de Verona.

Andrea Orlandi, 56 anos, agricultor e sua esposa Lucia Signorini, 51 anos saíram da Itália, através do porto de Gênova em Dezembro de 1888, juntamente com os dois filhos Giovanni Orlandi, 17 anos, sapateiro e Agostino Orlandi, 12 anos, agricultor.

A família Orlandi chegou a Vitória - ES, desembarcando do Navio Manaos no dia 21 de Janeiro de 1889. Eles haviam embarcado em Gênova e após aproximadamente 1 mês de viagem à bordo, eles chegaram ao Espírito Santo.

Após registro de imigração no porto, eles foram para a Hospedaria dos Imigrantes Pedra D'Água onde pernoitaram. No dia seguinte, em 22 de Janeiro de 1889, a família embarcou no Vapor Maria Pia e foram para Benevente (atual município de Anchieta). De lá, eles se dirigiram para a ex-colônia Castelo, onde obtiveram uma propriedade e viviam da agricultura.

Giovanni Orlandi e Carolina Milanese
Giovanni Orlandi  se casou com Carolina Milanese em 1895 em Alfredo Chaves. Eles se estabeleceram em São Sebastião - Alfredo Chaves e tiveram 11 filhos: Remigio, José, Maria, Elisa, Atílio, Ermínia, Rosina, Luísa, Elvira, Arthur e Assunta. Giovanni Orlandi era sapateiro e passou esta profissão para os filhos. Ele sempre viveu em São Sebastião e nos seus últimos anos de vida, ele vivia com o filho mais novo Arthur. Quando veio a falecer em 1959, ele tinha 89 anos de vida.

Augusta Faè e Agostino Orlandi
Agostino Orlandi se casou com Augusta Faè em 1909 em Alfredo Chaves , mas eles se estabeleceram em Pedregulho - Castelo e tiveram 11 filhos: Maria, Lucia, Catherina, Antonio, Angelo, Ana, Francisco, Regina, Pedro, Assunta e Raphael. Agostino era agricultor e plantava café. Ele inventou uma máquina para beneficiar café. Em 1923, quando fazia reparos nesta máquina, ele sofreu um acidente e veio a falecer 3 dias depois em consequência de uma hemorragia interna. Ele tinha apenas 47 anos quando faleceu.
 
Quanto ao casal Andrea e Lucia, eles haviam se casado na Itália após ambos ficarem viúvos e tiveram 4 filhos: Tereza, Giovanni, Maria e Agostino. No primeiro casamento de Andrea Orlandi, ele casou-se com Annunziata Bertagnolli e tiveram 2 filhos: Catterina e Giacomo, que não vieram para o Brasil, ficando no comune de Grezzana, na província de Verona.

Andrea Orlandi e sua esposa Lucia Signorini voltaram para Grezzana, na Itália onde passaram os seus últimos dias de vida. Andrea faleceu em Verona em 03/02/1911 e Lucia faleceu em Grezzana em 07/06/1915.

Família de Remigio Orlandi

Família de Remigio Orlandi e Regina Groberio - 1950.
São Sebastião - Alfredo Chaves - ES - Brasil.
Família de Remigio Orlandi: 13 filhos.
(Cortesia de Maria Orlandi Fiorin)



Remigio Orlandi, filho de Giovanni Orlandi e sua esposa Regina Groberio, filha de Alberto Groberio.
(Cortesia de Lourdes Orlandi)






Anagrafos da Família - Itália

Azzago - Grezzana - Província de Verona - Itália

Documento mais antigo da Família Orlandi. Esta foto foi tirada dos Anagrafos da Igreja de San Pietro in Vincoli em Azzago, Grezzana. Cortesia de Vania Orlandi, durante a sua visita à terra natal dos Orlandi.

Anagrafos da Família Orlandi

Cidades dos Imigrantes

Alfredo Chaves – Espírito Santo - Brasil - Maiores Informações clique aqui.

Vale de Santa Maria - Alfredo Chaves

   

A colonização da região que inclui hoje o município de Alfredo Chaves foi iniciada depois que Dom Pedro II doou 500 alqueires de terra ao guarda de honra da corte brasileira, o português Augusto José Álvares e Silva. O território também era habitado por índios e o primeiro núcleo foi chamado de Quatinga. Logo depois, o primeiro povoado passou a se chamar Povoação de Nossa Senhora da Assumpção. Mas com a construção da igreja pelos jesuítas baseados em Benevente, atual Anchieta, o nome do povoado mudou para Povoação de Nossa Senhora da Conceição.
O desenvolvimento da região, entretanto, só ocorreu após a chegada dos imigrantes italianos. O primeiro grupo desembarcou em Benevente a partir de 1877. De barco eles seguiram de canoa até Jabaquara, próximo à fazenda pioneira da sesmaria Quatinga. A fazenda pertencia ao coronel José Togneri, que se casara com uma das filhas do primeiro colonizador.

O município ganhou o nome de Alfredo Chaves em 1891, quando o povoado foi desmembrado de Anchieta e ganhou caráter de vila. O nome foi uma homenagem ao engenheiro Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves, um dos ministros da Colonização do Império, que esteve na região acompanhado de 21 soldados, em 1878, e afugentou para as matas os índios que atacavam as primeiras propriedades.

No distrito de Matilde, onde se localiza uma das mais famosas cachoeiras do Estado, a colonização foi iniciada pelos italianos em 1884. O distrito recebeu este nome porque o engenheiro inglês Carlos Bloomer Reeve, responsável pela construção da ferrovia no Sul do Estado resolveu prestar uma homenagem à esposa, com o apoio dos moradores.

Alfredo Chaves foi emancipado em 21 de maio de 1924, quando a região já era ligada a Vitória pela Estrada de Ferro Leopoldina.

O município de Alfredo Chaves, com uma área de 613 Km², limita-se ao norte com os municípios de Marechal Floriano e Domingos Martins; ao sul, com Iconha e Rio Novo do Sul; à leste, com Anchieta e Guarapari e à oeste, com Vargem Alta.

É composto pelos distritos: Crubixá, Ibitirui, Matilde, Ribeirão do Cristo, Sagrada Família e Ucrânia. Estes distritos são interligados à sede por estradas municipais e estaduais, sem pavimentação.

A sede dista 81 Km de Vitória. O percurso até a BR 101 e através da Rodovia Estadual denominada “Lauro Ferreira Pinto” (ES 146). Pode-se chegar também a Alfredo Chaves pela BR 262.

A sede do município, geograficamente está localizada a uma latitude de 20°, 38`40” e a uma longitude de 40°, 41` 50” a oeste do Meridiano de Greenwich, a uma altitude de 17 metros acima do nível do mar e está às margens do Rio Beneventes. Devido às condições de relevo, existe uma grande variação de altitude, atingindo um máximo de 1600m.

Castelo - Espírito Santo - Brasil

Festa de Corpus Christi - Castelo

   
A região onde se localiza o município de Castelo foi desbravada, principalmente, por causa do ouro. A ocupação começou em 1705, quando Pedro Bueno Cacunda saiu de Taubaté e foi para Ouro Preto, em Minas Gerais, sendo informado de que havia ouro nas terras perto da costa. Ele chegou ao Rio Manhuaçu e começou a corrida do ouro na Serra do Castelo, que recebeu este nome devido aos paredões de pedra, semelhantes às muralhas, e aos altos picos, que pareciam torres de vigia de uma fortaleza medieval. A notícia do ouro se espalhou e outros aventureiros invadiram a região. Eles não saíram nem mesmo com os constantes ataques dos índios puris.
O vice-rei, dom Lourenço de Albuquerque de Almada, acabou proibindo as explorações, pois temiam que o garimpo do ouro próximo à costa despertasse a atenção dos invasores holandeses e espanhóis. Entretanto, a proibição foi ignorada e foram ampliadas até a serra do Guandu, hoje município de Afonso Cláudio.

Os jesuítas que habitavam a aldeia de Rerigtiba, atual Anchieta, ficaram atraídos pelo ouro e passaram a dar assistência aos arraiais que se formaram: Santana, Duas Barras e Ribeirão do Meio. Com a ação dos jesuítas e o apoio dos mineradores foi construída a capela de Nossa Senhora da Conceição das Minas de Castelo. Com a expulsão dos jesuítas do país, em 1759, os conflitos entre os índios e mineradores se agravaram. Os mineradores derrubaram uma ponte sobre o Rio Caxixe para não serem atacados, mas os índios consideraram a derrubada da ponte um ato agressivo e declararam guerra aos mineiros. Os mineiros foram obrigados a abandonar o trabalho e se refugiar. Alguns fugiram para a foz do rio Itapemirim, onde fundaram uma povoação com este nome. Em 1830, a maioria das minas de Castelo estavam praticamente abandonadas.

Como na maioria dos municípios brasileiros, os italianos chegaram depois da abolição da escravatura, para trabalhar nas propriedades rurais. Atualmente, cerca de 90% dos 30 mil habitantes de Castelo são descendentes de imigrantes italianos.
Os 142 quilômetros que separam Castelo da capital capixaba podem ser percorridos pela BR-262, entrando à esquerda no km 104 (sentido Vitória/Belo Horizonte) na cidade de Venda Nova do Imigrante. Depois percorrem-se cerca de 66 quilômetros pela ES-166.

Você também pode seguir pela BR-101 Sul até Safra. Depois são mais 44 quilômetros até Castelo, pela ES-
A Festa de Corpus Christi é visitada por milhares de pessoas. Todos querem ver os belíssimos tapetes feitos com sementes de pau-brasil, brita, areia, pó de pedra tingido, palitos de picolé e flores, sobre os quais passa a procissão do dia de Corpus Christi.

No começo dos anos 60, por iniciativa da freira agostiniana Vicência foi confeccionado o primeiro tapete, junto a um pequeno altar, em frente à capela da Santa Casa. O primeiro tapete no centro da cidade foi feito em 1964.

No ano seguinte algumas ruas foram decoradas. Desde então a festa cresceu e atrai um número maior de visitantes a cada ano. Faz parte do calendário de eventos turísticos do Estado. Os preparativos começam três meses antes.